14 de jul. de 2013

Funcionária do Samu denuncia que atendentes ignoram chamados para “brincar” na internet

Uma funcionária do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Belo Horizonte fez uma série de denúncias graves contra o trabalho da unidade. Ela afirma que há omissão de socorro e negligência no atendimento e que tanto atendentes quanto médicos “mentem”.
— Eles falam que não tem unidade disponível no momento e colocam na tela de atendimento para aguardar.

A funcionária diz que não sabe explicar por que os colegas fazem isso.
— A única coisa que eu sei explicar é a indignação de ver tanta gente morrer sendo que poderiam ser socorridos.
A mulher no Samu há mais de dez anos e resolveu contar sobre as omissões após a morte de um senhor de 84 anos. Ela teria acompanhado o atendimento e considera que houve negligência no dia do chamado.
O idoso morreu depois de sentir fortes dores no peito. A neta da vítima acionou o Samu e ouviu da atendente que não havia unidades no local. A funcionária, que estava de plantão no dia, conta que havia “várias” unidades liberadas que poderiam ser deslocadas.
— A ordem foi para que uma das despachantes entrasse em contato com a solicitante, a mando do médico, pedindo para colocar em posição de conforto e medicar com analgésicos.
Segundo a funcionária, casos assim têm ocorrido “com frequência”. Ela explica que médicos e atendentes não estavam ocupados com outras ocorrências no momento.
— Eles estavam em uso do Facebook, que é liberado na central e em posse de seus iPads, fazendo comunicação por WhatsApp.
A Secretaria Municipal de Saúde afirmou, por meio de nota, que no dia da morte do idoso “todos os veículos estavam empenhados. O médico regulador ficou em monitoramento, por telefone, com a família do paciente até a chegada da ambulância ao local”.
Em relação às queixas de mau uso da internet, a secretaria informou que “tomará providências pertinentes”.

Focando a Noticia
R7

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