Dona Inês 55 Anos
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O município de Dona Inês, localizado na região do Curimataú paraibano, comemora neste domingo, 17/11/2013, o seu 54º aniversário de emancipação política
Dona Inês-PB-Anos 80 |
HISTÓRIA
O registro mais antigo da história de Dona Inês data de 1852, na fachada da Igreja-Mãe, onde foi o núcleo da vila que se tornou emancipada em 1959.
Conta a história oficial que por volta de 1800, vaqueiros em busca de reses encontraram uma mulher branca de nome Inês, acompanhada de um negro, acampada ao pé do enorme lajedo onde existe até hoje um pequeno açude de nome Cajueiro. Ela se disse filha de Dono de Engenho e que estava fugindo por não ter o seu amor pelo companheiro, o negro, aceito e reconhecido. Essa mulher dita como fina e bonita nunca mais foi vista, mas a sua passagem não foi jamais esquecida, vindo a dar nome ao lugar. Em 1852, Dona Inês pertencia a Bananeiras, local muito desenvolvido de ocupação desde o século XVII, quando Domingos Vieira e Zacarias de Melo receberam Sesmarias na região, cuja produção de cana-de-açúcar e de café era muito grande e permitiu a formação da nobreza política e a construção dos seus casarões e escolas e até a linha férrea. Por essa época, Araruna também já era uma vila desenvolvida, suas terras pertenciam a um homem importante de Bananeiras chamado Estevão José da Rocha. Do outro lado havia Caiçara e Serra da Raiz, esta encravada no alto da Serra da Cupaóba, palco de combates entre portugueses e aliados índios Tabajaras contra franceses e aliados índios Potiguares. Então é de se supor que a Serra de Dona Inês, situada no meio desses três locais anteriormente desenvolvidos, também se povoou bem mais cedo do que se tem notícia. É inegável que na serra habitavam os índios da nação potiguar haja vista os sinais rupestres encontrados na Pedra do Letreiro, localizado no riacho da Serra, tributário do Rio Curimataú, e nesse rio, no local conhecido como Poço do Caboclo, próximo da localidade Umari.
Conta a história oficial que por volta de 1800, vaqueiros em busca de reses encontraram uma mulher branca de nome Inês, acompanhada de um negro, acampada ao pé do enorme lajedo onde existe até hoje um pequeno açude de nome Cajueiro. Ela se disse filha de Dono de Engenho e que estava fugindo por não ter o seu amor pelo companheiro, o negro, aceito e reconhecido. Essa mulher dita como fina e bonita nunca mais foi vista, mas a sua passagem não foi jamais esquecida, vindo a dar nome ao lugar. Em 1852, Dona Inês pertencia a Bananeiras, local muito desenvolvido de ocupação desde o século XVII, quando Domingos Vieira e Zacarias de Melo receberam Sesmarias na região, cuja produção de cana-de-açúcar e de café era muito grande e permitiu a formação da nobreza política e a construção dos seus casarões e escolas e até a linha férrea. Por essa época, Araruna também já era uma vila desenvolvida, suas terras pertenciam a um homem importante de Bananeiras chamado Estevão José da Rocha. Do outro lado havia Caiçara e Serra da Raiz, esta encravada no alto da Serra da Cupaóba, palco de combates entre portugueses e aliados índios Tabajaras contra franceses e aliados índios Potiguares. Então é de se supor que a Serra de Dona Inês, situada no meio desses três locais anteriormente desenvolvidos, também se povoou bem mais cedo do que se tem notícia. É inegável que na serra habitavam os índios da nação potiguar haja vista os sinais rupestres encontrados na Pedra do Letreiro, localizado no riacho da Serra, tributário do Rio Curimataú, e nesse rio, no local conhecido como Poço do Caboclo, próximo da localidade Umari.
Dona Inês-PB -Atual |
Sendo
parte do território de Bananeiras, assim como Araruna, Borborema e
Solânea, Dona Inês não conseguia se desenvolver, pois tudo ia para a
matriz. De fato, Bananeiras conseguiu um grande avanço devido atrair
cidadãos poderosos econômico-político-socialmente, encantados com o
clima e com o solo, além da água farta. Em 1850, Bananeiras atingiu o
apogeu, o seu café concorria com o café paulista e se supunha que ali
nasceria uma nova São Paulo, mas o sonho foi por água abaixo pelo
aparecimento de uma praga que botou tudo a perder. Não obstante, já
estava montado o parque de casarões, de instituições imperiais, escolas,
etc.
Os
primeiros habitantes que se tem notícia, os nomes, na cidade: os
senhores José Paulino da Costa, Pedro Teodoro da Silva e Pedro José
Teixeira, trouxeram para cá suas famílias e batizaram o lugar como
“Serra de Dona Inês”, dando ouvidos à história que corria de
boca-em-boca. Mas tem-se conhecimento de outras famílias na Zona Rural
bastante antigas, como os Ferreira e os Gomes, no Sítio Queimadas.
Conta-se
também de Zé dos Santos, homem muito trabalhador e inteligente, que
habitou na região de Sítio Queimadas, comunidade localizada a 5 km da
sede municipal. Ele teria conseguido uma data de terra diretamente do
Imperador D. Pedro I, através de solicitação por carta, abrangendo toda a
região de Queimadas, Pedra Lavrada, Tanques, Lajedo Preto, até o
Curimataú, pois naquele tempo, as concessões eram realizadas de um a
outro ponto formado por fronteira natural, como rios, montanhas, etc.
Com
o passar dos anos, em 1943, por força do Decreto Lei nº. 520 o pequeno
povoado passou a condição de Vila, onde na Divisão Administrativa do
Brasil para o qüinqüênio 1944/1948, Serra de Dona Inês ainda figurou
como Distrito de Bananeiras/PB. Na Câmara de Vereadores de Bananeiras
com mandato de 1947 a 1951, constavam dois donainesenses: José Tomaz de
Aquino (Zé Cardoso) e Luís Pedro da Costa (Lulinha). Estes dois foram os
baluartes da independência de Dona Inês, aliados a alguns vereadores de
Borborema. Receberam a força de um donainesense muito ativo e
inteligente, que também foi vereador, o Sr. Leonel Paulino. A luta deles
percorreu toda a década de 50.
Por
volta de 1959, a Sede do Distrito de Serra de Dona Inês era composta
por 277 (duzentas e setenta e sete) residências e possuía uma população
de 689 (seiscentos e oitenta e nove) habitantes. Era um vilarejo muito
pobre, cheio de buracos e com proliferação de casas de palha e gravatá.
Seu povo era pacato e trabalhador. O comércio quase não existia.
Predominava no Distrito a agricultura de subsistência (feijão, mandioca,
fava, milho, etc.), sendo a produção de sisal (agave) e algodão, o
sustentáculo econômico. Para ilustrar, havia apenas a Rua Manoel Pedro e
um ajuntamento de casas para diante e para trás da Igreja-Mãe, e mais
algumas descendo na direção do Tanque Velho. O mercado onde se vendia
carnes ficava no prédio onde durante décadas funcionou a venda de
passagens da Itapemirim, ao lado do Cruzeiro.
Dessa
época destacavam-se várias famílias que ajudaram a formar a sociedade
donainesense, dentre as quais são sempre citados os senhores Gerôncio,
S. Didi, S. Naun, Manoel Pedro, Prof. Edilon, Francisco Enedino, Antonio
Pereira, Manoel e Pedro Praieiro, Joaquim Lucas, Gabriel Bento, Zé
Birro, Severino Ramos, Manoel Borges, José Maia, etc.
A
administração de Bananeiras para com o Distrito de Serra de Dona Inês
era extremamente precária. Contato com autoridades praticamente não
existia, exceto em período eleitoral. Havia apenas a Agência dos
Correios e Telégrafos, o destacamento policial, um fiscal para cobrança
de impostos e como obra realizada, o tanque velho.
Movimento
da Emancipação: Movidos pela necessidade de crescimento do Distrito de
Serra de Dona Inês, tanto na ampliação do comércio, como na formação
educativa (escolar) da população e, levando em consideração o pouco caso
com que Bananeiras assistia o Distrito, o Senhor José Tomaz de Aquino
(Zé Cardoso), e os Vereadores Manoel Leonel da Costa (Leonel Paulino) e
Luiz Pedro da Costa ( Lulinha), intermediados pelo Vereador
Bananeirense, Senhor Elói Farias, juntaram-se aos Vereadores
representantes do Distrito de Borborema, propuseram e conseguiram
aprovar na Câmara de Bananeiras a Resolução Nº 36, de 17 de abril de 1959 (“concede
desmembramento ao Distrito de Dona Inês”). Contando com o empenho do
então Deputado Estadual Humberto Coutinho de Lucena, foi encaminhado a
apreciação da Assembléia Legislativa o Projeto de Lei Nº 231/58 que
criava o Município de Dona Inês/PB, composto por dez (10) Artigos. o
referido Projeto de Lei recebeu duas (02) emendas, apresentadas pelo
também Deputado Estadual Clovis Bezerra Cavalcanti: uma diminuía os
limites territoriais do futuro Município e a outra suprimia a Comarca.
Assim, em 19 de junho de 1959, o então Governador, Senhor Pedro Moreno
Gondim, homologou a Lei Nº 2.141 (publicada no Diário Oficial do Estado
em: 21 de junhode 1959),
dando ao Distrito de Serra de Dona Inês, sua autonomia
político-administrativa. No entanto, sua instalação oficial só ocorreu
no dia 17 de novembro de 1959 (Emancipação Política). A partir de então,
desapareceu o início do topônimo (Serra) ficando denominado apenas de
Dona Inês (homenagem a primeira pessoa encontrada na Região).
Foi
realmente uma luta árdua a da Emancipação, haja vista que Bananeiras se
sentia forte politicamente, com a família Bezerra muito bem posicionada
e uma das maiores latifundiárias da região, tendo à frente o Major
Augusto Bezerra e o filho Deputado, Dr. Clóvis Bezerra, que viria a
governar o Estado tempos depois. Dona Inês era o quintal político de
Bananeiras. Certamente, colocaram muitos empecilhos para a Emancipação
não sair. Por outro lado, quando não teve jeito, trataram de eleger o
primeiro prefeito e de irmanar-se com os líderes locais.
Quanto
ao Governador que assinou a Lei de Emancipação, Pedro Gondim, ficou
imortalizado o momento em que chegou com a sua comitiva e cumprimentou
os populares e políticos, na Av. Manoel Pedro, na esquina com a R. José
Paulino. Uma foto foi guardada e reproduzida por D. Raimunda Pereira,
constando atualmente no sitio da Prefeitura Municipal.
A
emancipação saiu em 1959 e só haveria eleição regular no ano seguinte,
portanto, o governador nomeou o Sr. José Tomaz de Aquino como Prefeito
até que se realizasse a eleição. O seu mandato durou 11 meses. Na
primeira eleição, em 1960, venceu o latifundiário bananeirense Mozart
Bezerra Cavalcanti, cuja família detinha o poder territorial de quase
toda Bananeiras e tinha um irmão deputado.
Mozart
Bezerra chegou com força, após derrotar nas urnas a Manoel Alves Irmão,
e abriu a avenida que levou o nome do seu pai, Major Augusto Bezerra e
as transversais, José Paulino, Ana da Conceição Melo, José Carolino e
Pedro Teixeira, homenageando os pioneiros. Construiu a Prefeitura no
local atual, o Mercado Público, o Posto de Saúde, o Grupo Escolar e a
estrada que liga Dona Inês a Bananeiras e Dona Inês ao Bilinguim.
Implantou a energia elétrica em parte da Av. Manoel Pedro. Mozart
renunciou para concorrer à Prefeitura de Bananeiras e assumiu o seu
Vice, o Sr. Francisco Avelino da Silva durante um ano. A primeira Câmara
de Vereadores foi composta de 4 componentes: Luís Pedro da Costa,
Antonio Luiz de Araújo, Arnaldo Gonçalves Viana e Januário Bernardo
Lopes. Os primeiros funcionários da Prefeitura de Dona Inês foram Assis
Claudino, S. Didi, D. Nicinha, Lourival Bezerra, D. Iêda.
O
segundo Prefeito foi o Joaquim Cabral de Melo, um latifundiário
possuidor de quase 4 mil hectares de terras no município que continuou a
obra de Mozart. Cabral era ex-militar da Marinha, casado com Zélia,
serviu no Rio de Janeiro e era filho adotivo do Juiz José de Melo,
proprietário da Fazenda Tanques e Sitio, de quem herdou sua imensa
fortuna, e de dona Ana da Conceição Melo, cujo pai era o Coronel Zé
Antonio, proprietário de boa parte das terras que deu como dote a Zé de
Melo. Joaquim era um homem prático, decidido, voluptuoso. Era
considerado um Coronel, aquele tipo que mandava e desmandava, temido e
odiado pelos adversários. Segundo os mais antigos, o Dr. Zé de Melo
herdeu uma grande propriedade, mas aumentou sobremaneira comprando as
terras vizinhas das suas. Por ser o juiz, homem conhecedor das leis e
muito temido pela população ignorante, adquiria terras a preço de
banana, às vezes contra a vontade do proprietário. A Câmara tinha agora 7
representantes do povo: Luiz Leodegário da Cruz Filho; José Antonio da
Silva (Zuza); José Oliveira de Araújo (Zé Berto); Antonio Luiz de Araújo
(Antonio Lucas); Arnaldo Gonçalves Viana; Pedro Pereira da Costa e
Manoel Pereira dos Santos. Nessa época começou nova leva de
funcionários: Francisco Guilherme dos Santos (Chicute), José Arlindo
Fernandes (Bonitinho), José Antonio, Maria Borges e Francisquinha.
Os
demais Prefeitos foram: Antonio Luís de Araújo, Joaquim Cabral, Luís
José, José Eugênio (filho de Joaquim Cabral), Ramon Ferreira, Luís José,
Antonio Justino, Luís José, Luis José, Antonio Justino. (informações
detalhadas de cada Administração no site oficial
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