Álcool está ligado a 21% dos acidentes no trânsito do País
Foram apresentados na terça-feira (19) os resultados da última pesquisa, do Ministério da Saúde, sobre o impacto do uso do álcool e sua relação com o trânsito, que mostrou que 21% dos acidentes de trânsito estão relacionados ao consumo de álcool. Os dados revelaram que uma em cada cinco vítimas de acidente de trânsito atendidas nos prontos-socorros do País estava sob efeito de bebida alcoólica, o que tem forte impacto nos atendimentos de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS).
A pesquisa – cujos dados são referentes a 2011 e fazem parte do Vigilância de violências e acidentes (Viva), estudo realizado pelo Ministério da Saúde em 71 hospitais que realizam atendimentos de urgência e emergência pelo SUS -, aponta ainda que as pessoas alcoolizadas estão mais sujeitas a hospitalização e a morte em decorrência do acidente. Foram ouvidas 47 mil pessoas em todas as capitais e no Distrito Federal, que ficou com a maior proporção do País em relação à vítimas de violência que haviam consumido álcool, com 58,3%.
Durante a coletiva de divulgação dos resultados, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou a importância de se obter informações qualificadas em saúde para que as ações de prevenção e de intervenção sejam cada vez mais eficientes. “Estas informações têm papel decisivo para que nós e todos os demais órgãos federais, estaduais e municipais tenhamos mais segurança para agir. Também vamos utilizá-las em nossas campanhas de conscientização de motoristas, passageiros e pedestres”, ressaltou.
Perfil das vítimas
O levantamento revelou que entre as pessoas envolvidas em acidentes de trânsito, 22,3% dos condutores, 21,4% dos pedestres e 17,7% dos passageiros apresentavam sinais de embriaguez ou confirmaram consumo de álcool. Entre os atendimentos por acidentes, a faixa etária mais prevalente foi a de 20 a 39 anos, ou seja, 39,3%.
Além disso, foi constatado que 49% das pessoas que sofreram algum tipo de agressão consumiram bebida alcoólica. As principais vítimas são homens com idade entre 20 e 39 anos. Em 2011, 28,3 mil homens foram assassinados e 16,4 mil perderam a vida no trânsito, o que corresponde a quase metade de óbitos registrados nesta faixa etária, 31,5% e 18,3%, respectivamente.
O estudo mostrou que a proporção do consumo de bebida alcoólica entre os pacientes homens foi bem superior ao das mulheres – 54,3% dos homens que sofreram violência e 24,9% dos que sofreram acidente de trânsito tinham ingerido álcool, enquanto os índices entre as pessoas do sexo feminino foram de 31,5% e 10,2%, respectivamente.
De acordo com ao dados, 40% das vítimas de acidente de trânsito e 28% das vítimas de violência têm de nove a 11 anos de escolaridade. “A imagem de que a vítima de violência associada ao álcool é algo presente apenas em população de baixa renda e com baixa escolaridade não se sustenta com esses dados”, disse Padilha.
Segundo o ministro interino das Cidades, Alexandre Cordeiro, a Lei Seca, em vigor no País desde 2008, já começa a incitar mudanças significativas, como a redução de 24% das mortes no período do Carnaval 2013, se comparado ao do ano anterior. “Temos uma guerra no trânsito e isso tem de acabar. Fiscalização, legislação efetiva e ações de conscientização são importantes para termos um trânsito seguro”, destacou.
Vida no Trânsito
Para apoiar estados e municípios a orientar condutores sobre o risco da combinação entre o álcool e direção, o Ministério da Saúde desenvolve o Projeto Vida no Trânsito, com participação de cinco capitais brasileiras – Curitiba, Teresina, Belo Horizonte, Campo Grande e Palmas – que conseguiram reduzir, entre 2009 e 2011, o percentual de atendimentos de vítimas de acidentes alcoolizadas nas emergências dos prontos-socorros.
Uma das ações do Vida no Trânsito é a qualificação dos sistemas de informação sobre acidentes, feridos e vítimas fatais. Com o banco de dados atualizado, os gestores de saúde podem identificar os fatores de risco e os grupos de vítimas mais vulneráveis nos respectivos municípios, assim como os locais onde o risco de acidente é maior.
Em setembro de 2012, o Ministério autorizou o repasse de R$ 12,8 milhões para os 26 estados, o Distrito Federal, todas as capitais, além de Guarulhos e Campinas. No total, foram cerca de R$ 25 milhões para as ações do projeto.
Também estão sendo realizadas ações em relação ao número de acidentados e mortos nas estradas. Dentre elas, o trabalho das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e a expansão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), onde foram investidos R$ 3,5 bilhões.
Somente em 2011, foram gastos pelo órgão R$ 200 milhões em internações no SUS para vítimas de acidentes de trânsito, sem contar com reabilitação e com segunda cirurgia, muito frequentes em vítimas de acidentes, disse Padilha. “Estamos juntando as nossas ações com o Ministério das Cidades e outros parceiros para mudarmos esse quadro”.
Fonte:
Focando a Noticia
Ministério da Saúde
Ministério das Cidades
Com Agência Brasil
A pesquisa – cujos dados são referentes a 2011 e fazem parte do Vigilância de violências e acidentes (Viva), estudo realizado pelo Ministério da Saúde em 71 hospitais que realizam atendimentos de urgência e emergência pelo SUS -, aponta ainda que as pessoas alcoolizadas estão mais sujeitas a hospitalização e a morte em decorrência do acidente. Foram ouvidas 47 mil pessoas em todas as capitais e no Distrito Federal, que ficou com a maior proporção do País em relação à vítimas de violência que haviam consumido álcool, com 58,3%.
Durante a coletiva de divulgação dos resultados, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou a importância de se obter informações qualificadas em saúde para que as ações de prevenção e de intervenção sejam cada vez mais eficientes. “Estas informações têm papel decisivo para que nós e todos os demais órgãos federais, estaduais e municipais tenhamos mais segurança para agir. Também vamos utilizá-las em nossas campanhas de conscientização de motoristas, passageiros e pedestres”, ressaltou.
Perfil das vítimas
O levantamento revelou que entre as pessoas envolvidas em acidentes de trânsito, 22,3% dos condutores, 21,4% dos pedestres e 17,7% dos passageiros apresentavam sinais de embriaguez ou confirmaram consumo de álcool. Entre os atendimentos por acidentes, a faixa etária mais prevalente foi a de 20 a 39 anos, ou seja, 39,3%.
Além disso, foi constatado que 49% das pessoas que sofreram algum tipo de agressão consumiram bebida alcoólica. As principais vítimas são homens com idade entre 20 e 39 anos. Em 2011, 28,3 mil homens foram assassinados e 16,4 mil perderam a vida no trânsito, o que corresponde a quase metade de óbitos registrados nesta faixa etária, 31,5% e 18,3%, respectivamente.
O estudo mostrou que a proporção do consumo de bebida alcoólica entre os pacientes homens foi bem superior ao das mulheres – 54,3% dos homens que sofreram violência e 24,9% dos que sofreram acidente de trânsito tinham ingerido álcool, enquanto os índices entre as pessoas do sexo feminino foram de 31,5% e 10,2%, respectivamente.
De acordo com ao dados, 40% das vítimas de acidente de trânsito e 28% das vítimas de violência têm de nove a 11 anos de escolaridade. “A imagem de que a vítima de violência associada ao álcool é algo presente apenas em população de baixa renda e com baixa escolaridade não se sustenta com esses dados”, disse Padilha.
Segundo o ministro interino das Cidades, Alexandre Cordeiro, a Lei Seca, em vigor no País desde 2008, já começa a incitar mudanças significativas, como a redução de 24% das mortes no período do Carnaval 2013, se comparado ao do ano anterior. “Temos uma guerra no trânsito e isso tem de acabar. Fiscalização, legislação efetiva e ações de conscientização são importantes para termos um trânsito seguro”, destacou.
Vida no Trânsito
Para apoiar estados e municípios a orientar condutores sobre o risco da combinação entre o álcool e direção, o Ministério da Saúde desenvolve o Projeto Vida no Trânsito, com participação de cinco capitais brasileiras – Curitiba, Teresina, Belo Horizonte, Campo Grande e Palmas – que conseguiram reduzir, entre 2009 e 2011, o percentual de atendimentos de vítimas de acidentes alcoolizadas nas emergências dos prontos-socorros.
Uma das ações do Vida no Trânsito é a qualificação dos sistemas de informação sobre acidentes, feridos e vítimas fatais. Com o banco de dados atualizado, os gestores de saúde podem identificar os fatores de risco e os grupos de vítimas mais vulneráveis nos respectivos municípios, assim como os locais onde o risco de acidente é maior.
Em setembro de 2012, o Ministério autorizou o repasse de R$ 12,8 milhões para os 26 estados, o Distrito Federal, todas as capitais, além de Guarulhos e Campinas. No total, foram cerca de R$ 25 milhões para as ações do projeto.
Também estão sendo realizadas ações em relação ao número de acidentados e mortos nas estradas. Dentre elas, o trabalho das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e a expansão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), onde foram investidos R$ 3,5 bilhões.
Somente em 2011, foram gastos pelo órgão R$ 200 milhões em internações no SUS para vítimas de acidentes de trânsito, sem contar com reabilitação e com segunda cirurgia, muito frequentes em vítimas de acidentes, disse Padilha. “Estamos juntando as nossas ações com o Ministério das Cidades e outros parceiros para mudarmos esse quadro”.
Fonte:
Focando a Noticia
Ministério da Saúde
Ministério das Cidades
Com Agência Brasil
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