Misturar bebida diet ao drinque embriaga mais rápido
Contadores de calorias, cuidado: misturar bebidas dietéticas no
drique intensifica os efeitos do álcool, de acordo com os resultados de
testes com bafômetro feitos nos Estados Unidos.
Uma pesquisa ainda preliminar sobre o uso de diferentes misturas, como refrigerante, suco ou refrigerante diet, mostra que a versão diet pode aumentar o teor de álcool no ar expirado em comparação com drinques feitos com bebidas açucaradas e mais calóricas.
“É importante ter consciência desse fenômeno. As pessoas tendem a pensar que o mais importante é cortar calorias, mas quando você está ingerindo álcool, essas calorias ajudam a desacelerar a liberação do álcool para o fígado e o cérebro”, disse a autora do estudo, Cecile Marczinski, professora assistente do departamento de ciência psicológica na Northern Kentucky University, em Highland Heights (EUA).
A concentração de álcool no ar expirado – o que a polícia mede para determinar se alguém consumiu mais do que o limite legal de álcool – é afetada por diferentes fatores. Ter alimento no estômago pode reduzir a concentração de álcool na respiração em até 57% em relação ao consumo de álcool com o estômago vazio, de acordo com informações no estudo.
Como muitas pessoas estão preocupadas com o próprio peso, particularmente as mulheres, os pesquisadores decidiram ver como algumas bebidas misturadas ao álcool podem afetar os níveis dessa substância no hálito.
Para o estudo, publicado este mês na revista Alcoholism: Clinical and
Experimental Research, os pesquisadores recrutaram oito homens e oito
mulheres com idade média de 23 anos para participar de três sessões do
estudo. Em uma sessão eles beberam vodca misturada com um refrigerante
normal, sabor limão. Em outra, beberam vodca misturada com a versão diet
do mesmo refrigerante, que é artificialmente adoçado com aspartame. Na
sessão final, como placebo, eles beberam refrigerante normal com uma
pequena quantidade de álcool para criar apenas o cheiro de bebida. Em
cada sessão, os voluntários do estudo bebiam de três a quatro drinques
num curto período de tempo. O teor de álcool na respiração foi medido
oito vezes nas três horas após o consumo dos drinques.
Os níveis de álcool no hálito atingiram seu pico 40 minutos após os voluntários terem bebido os drinques. Quando o álcool foi misturado com refrigerante normal, contendo açúcar, o nível de álcool no hálito ficou abaixo do limite legal – de 0,077 naquele país. Mas para os bebedores de refrigerante diet, o pico foi de 0,091, o que está acima do limite legal para dirigir um carro nos EUA. Os níveis de álcool no hálito permaneceram altos para quem bebeu os drinques com refri diet por um período de três horas.
Os pesquisadores também fizeram os voluntários do estudo realizar um teste no computador depois de beber. Os participantes que tomaram as bebidas dietéticas tiveram resultados levemente piores, apesar de não terem reportado qualquer diferença na forma como realizaram os testes ou em como se sentiram ao realiza-los, em comparação com os que haviam bebido drinques com refrigerante normal.
“Eles foram um pouco mais lentos para responder. Foi uma diferença pequena, mas estatisticamente significativa”, disse Marczinski.
Marczinski suspeita de que o álcool foi liberado do estômago mais rapidamente no grupo do refrigerante diet porque não havia açúcar (nem calorias) no estômago para retardar essa liberação. Os pesquisadores não notaram diferença entre homens e mulheres neste estudo. Mas, de acordo com Marczinski, “as mulheres são mais propensas a consumir bebidas alcoólicas com refrigerante diet”.
“A mensagem aqui é que as pessoas não devem beber com o estômago vazio, e devem pensar duas vezes na hora de tentar economizar calorias misturando bebidas dietéticas ao álcool”, disse Marczinski.
Samantha Heller, nutricionista clínica na Universidade de Nova York concorda que as descobertas do estudo devem encorajar cautela.
“Se você não comeu antes de começar a beber, o açúcar no sangue vai cair. Se misturar ao álcool bebidas diet, você terá um risco muito maior de se intoxicar com o álcool”, advertiu ela.
Focando a Noticia
* Por Serena Gordon
The New York Times
Uma pesquisa ainda preliminar sobre o uso de diferentes misturas, como refrigerante, suco ou refrigerante diet, mostra que a versão diet pode aumentar o teor de álcool no ar expirado em comparação com drinques feitos com bebidas açucaradas e mais calóricas.
“É importante ter consciência desse fenômeno. As pessoas tendem a pensar que o mais importante é cortar calorias, mas quando você está ingerindo álcool, essas calorias ajudam a desacelerar a liberação do álcool para o fígado e o cérebro”, disse a autora do estudo, Cecile Marczinski, professora assistente do departamento de ciência psicológica na Northern Kentucky University, em Highland Heights (EUA).
A concentração de álcool no ar expirado – o que a polícia mede para determinar se alguém consumiu mais do que o limite legal de álcool – é afetada por diferentes fatores. Ter alimento no estômago pode reduzir a concentração de álcool na respiração em até 57% em relação ao consumo de álcool com o estômago vazio, de acordo com informações no estudo.
Como muitas pessoas estão preocupadas com o próprio peso, particularmente as mulheres, os pesquisadores decidiram ver como algumas bebidas misturadas ao álcool podem afetar os níveis dessa substância no hálito.
Os níveis de álcool no hálito atingiram seu pico 40 minutos após os voluntários terem bebido os drinques. Quando o álcool foi misturado com refrigerante normal, contendo açúcar, o nível de álcool no hálito ficou abaixo do limite legal – de 0,077 naquele país. Mas para os bebedores de refrigerante diet, o pico foi de 0,091, o que está acima do limite legal para dirigir um carro nos EUA. Os níveis de álcool no hálito permaneceram altos para quem bebeu os drinques com refri diet por um período de três horas.
Os pesquisadores também fizeram os voluntários do estudo realizar um teste no computador depois de beber. Os participantes que tomaram as bebidas dietéticas tiveram resultados levemente piores, apesar de não terem reportado qualquer diferença na forma como realizaram os testes ou em como se sentiram ao realiza-los, em comparação com os que haviam bebido drinques com refrigerante normal.
“Eles foram um pouco mais lentos para responder. Foi uma diferença pequena, mas estatisticamente significativa”, disse Marczinski.
Marczinski suspeita de que o álcool foi liberado do estômago mais rapidamente no grupo do refrigerante diet porque não havia açúcar (nem calorias) no estômago para retardar essa liberação. Os pesquisadores não notaram diferença entre homens e mulheres neste estudo. Mas, de acordo com Marczinski, “as mulheres são mais propensas a consumir bebidas alcoólicas com refrigerante diet”.
“A mensagem aqui é que as pessoas não devem beber com o estômago vazio, e devem pensar duas vezes na hora de tentar economizar calorias misturando bebidas dietéticas ao álcool”, disse Marczinski.
Samantha Heller, nutricionista clínica na Universidade de Nova York concorda que as descobertas do estudo devem encorajar cautela.
“Se você não comeu antes de começar a beber, o açúcar no sangue vai cair. Se misturar ao álcool bebidas diet, você terá um risco muito maior de se intoxicar com o álcool”, advertiu ela.
Focando a Noticia
* Por Serena Gordon
The New York Times
0 comentários:
Postar um comentário