12 de mar. de 2013

Aprenda com um mestre de sexo como a sua transa pode ser a melhor de todas

Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 100 milhões de transas acontecem todos os dias. Aprenda com um mestre no assunto como a sua pode ser a melhor de todas. E descubra o que 18 mulheres solteiras querem na cama – e não estão encontrando
        Por Giovanna Rossin

O terapeuta sexual Ian Kerner é fundador do site Good in Bed e autor de vários best-sellers sobre sexo nos Estados Unidos (nenhum lançado no Brasil até agora). Após várias entrevistas e pesquisas em sua obra, compilamos aqui as melhores lições que ele poderia lhe dar.
1 – Capriche no sexo oral
Regra número 1 dos bons de cama. Ian Kerner cita sua teoria sobre prazer feminino batizada de “viva la vulva”: segundo ele, preliminares na forma de estimulação manual, com uso de vibrador, e sexo oral são os truques que as mulheres mais querem – e que mais se queixam em não receber (ou não receber direito). Mesclando esses artifícios, passe por todos os pontos do seguinte itinerário: a partir do topo do clitóris até os limites leste e oeste dos pequenos lábios, as regiões abaixo do períneo (a extensão suave da pele logo abaixo da entrada da vagina) e, por fim, o ânus. Ian também revela quais as três áreas visíveis do clitóris que, quando estimuladas em conjunto, são responsáveis pelo prazer supremo. São elas:
O monte pubiano, ou monte de Vênus: é a parte superior da vulva, aquela coberta por pelos. Quando você a estimula com a palma da mão está, na verdade, atingindo a região do “aglomerado clitoriano” por cima.
A “comissão frontal”: localizada entre a cabeça do clitóris e seu capuz (uma dobra horizontal de pele, onde os pequenos lábios se juntam). Responde bem a passadas delicadas de língua. Quando despertada, pede uma pressão mais firme ou uma massagem com os dedos.
O “frenulum”: parte logo acima da cabeça do clitóris e que se encontra com os pequenos lábios. Nessa região também funciona o truque do contraste entre as passadas de língua suaves com pressões mais intensas.

2 – Penetração não é tão importante
O maior erro dos homens na cama, afirma Ian Kerner, é dar atenção demais à penetração – quando deveriam estimular outras partes do corpo da mulher, especialmente o clitóris, que precisa ser tratado com carinho e paciência. Ajuda se você pensar que os clitóris têm personalidades distintas: o que funciona com um não necessariamente agrada a outro (e o que dá certo em um dia pode não dar em outro com a mesma mulher). Veja por exemplo o sexo oral: algumas mulheres gostam da técnica da “língua pontuda”, outras preferem a “língua macia”. E tem mais: “As mulheres perdem facilmente o orgasmo, mesmo estando prestes a ter um. É quando você deve continuar o que está fazendo – nunca mudar de posição”.
3 – Sexo é como comida
Em seu livro 52 Weeks of Amazing Sex (“52 Semanas de Sexo Incrível”), Ian Kerner escreve uma metáfora ótima. “Sexo é comida: se você comer algo repetidas vezes, não só fica entediado como também se priva de outros nutrientes vitais.” A lição? Varie as formas de estimular, os cenários, não se acomode. Além disso, exatamente como na pirâmide alimentar, há diferentes categorias sexuais que você deve consumir regularmente: o sexo amoroso (que aumenta a intimidade emocional), a pegada um pouco mais forte (que alivia o stress), a fantasia (de fingir um personagem ou transar em lugares diferentes e não usuais)… Converse com sua parceira para inovar.
4 – Crie o clima
Quanto mais à vontade ela estiver, mais vai se soltar e aproveitar o momento. “Crie um ambiente que promova uma sensação de relaxamento e desconexão mental”, ensina Ian. O professor de sexo afirma que é fácil preparar o local e dá como exemplo um quarto. Primeiro, tire a bagunça e use lençóis novos. Depois, pense em coisas que possam agradar a todos os sentidos de sua parceira. Para os ouvidos, selecione um playlist sexy, mesclando músicas românticas e agitadas. Em relação ao tato, escolha brinquedos sexuais com texturas diferentes. E complete com taças de vinho. Vale colocar uma venda nos olhos dela para realçar os demais sentidos.
5 – Descubra as principais fantasias dela
Pensamentos criam mudanças no nosso corpo – use isso a seu favor. Para sair da rotina, compartilhe fantasias nas preliminares. “Fantasias dão algo para a mulher se focar, ajudando a espantar a ansiedade e a ir a lugares eróticos mais profundos”, aponta Ian. Pesquisas na Holanda confirmam o poder da mente, ao afirmar que esse “desligamento” é a chave para o prazer feminino. O terapeuta aponta as cinco fantasias mais comuns femininas: fazer sexo com um estranho (ela pensar em outro cara estando com você), ser dominante na cama (o homem implorando por sua atenção), o exibicionismo (a ideia de que mais alguém está excitado em assisti-la), ser surpreendida sexualmente (quando a mulher é agarrada por alguém cheio de desejo) e o ménage à trois (ela com dois homens ou um homem e uma mulher).
6 – Conheça o corpo dela
“A maioria dos homens conhece mais o que tem embaixo da capota de um carro do que o que há por baixo do clitóris”, afirma Ian. Essa região da anatomia feminina tem 18 partes diferentes e duas vezes mais terminações nervosas do que o pênis, além da invejável (porém rara) capacidade de produzir orgasmos múltiplos. Se o orgasmo feminino depende de dois princípios, acerte mirando em ambos: “Maximize tanto o fluxo sanguíneo quanto a tensão muscular em todo o corpo para um orgasmo mais intenso”, explica o expert. Como? “Traga a mulher bem perto do orgasmo e mantenha-a nesse estado de alta excitação do pré-gozo. Isso pode ser facilmente alcançado por meio de estimulação manual ou oral, já que são mais simples de controlar. Então, quando perceber que ela não aguenta mais, coloque-a sobre você e, com a penetração, faça-a ter um orgasmo incrível.”
7 – Use brinquedos de sex shops
“Ao ouvir a palavra ‘vibrador’ pela primeira vez, o que provavelmente vem a sua mente é um objeto fálico nada discreto. Mas agora há uma série deles que não são nem assustadores nem estão escondidos em sex shops sombrios”, avisa Ian. “Alguns homens sentem-se ameaçados, outros não sabem como usá-los ou ainda ficam preocupados se elas vão se viciar”, completa. Acontece que esse objeto tem seus benefícios físicos e mentais comprovados pelo Kinsey Sexual Health Institute. Portanto, esqueça suas antigas crenças e anote a receita: quando ela estiver brincando com o vibrador, entre e participe. “Mulheres geralmente levam mais tempo para chegar ao orgasmo do que os homens, e os homens acham difícil durar o tempo suficiente durante o sexo. Um vibrador ajuda você e sua parceira a chegarem mais longe”, explica Ian.
8 – Aumente o seu capital erótico
Esta dica não vale ouro apenas para a hora da conquista: ela melhora sua vida social e sexual como um todo. Enquanto economistas sempre discutiram três tipos de capital (social, econômico e cultural), a socióloga inglesa Catherine Hakim definiu o quarto e mais interessante deles: o “capital erótico”. O termo engloba a atração sexual, mas não se limita a isso. Estilo, simpatia, beleza e competência sexual são os outros aspectos, que devem trabalhar como um grupo. Ela garante que não tem a ver com as qualidades que você nasce – e sim com sua autoestima. Ian Kerner usa os estudos da britânica para observar que os homens estão se cuidando mais e, assim como as mulheres, podem investir nesse certo charme. “Assim, abrem portas e aumentam sua atração sexual.”
9 – Pratique sexo verbal
Conversar sobre as preferências e os desgostos um do outro pode cortar os pequenos problemas pela raiz, evitando que se tornem maiores no futuro. O segredo é sentir-se confortável para falar sobre a vida sexual, partilhar fantasias e desejos de forma colaborativa para vocês avançarem e trazerem novas experiências. “Os casais precisam adquirir o hábito de falar o que funciona e o que não funciona”, sugere Ian. Logo no início, aumente a autoestima da gata dizendo em que aspectos ela é boa de cama. Se não souber como começar o papo, diga que leu um artigo sobre o tópico que você quer discutir e pergunte a opinião dela.
18 SOLTEIRAS CONTAM O QUE QUEREM NA CAMA E NÃO ESTÃO CONSEGUINDO
“Tem homem que acha que toda hora é hora de ser bruto. O cara tem que saber tratar uma mulher, ser delicado, gentil, mesmo que não queira nada além de uma noite.”
Tatiana Garcia, 30 anos, publicitária
“Está faltando variedade na hora do sexo. Ter um lugar mais aconchegante, com velas, flores, e fazer algo que saia da rotina, ser mais criativo para nos conquistar. O cara quando se acha bom de cama faz o ‘serviço’ dele como se tivesse fazendo um favor.”
Adriana Bittencourt, 26 anos, analista financeira

“Quando procuro um sexo casual, não estou atrás de alguém que me faça juras de amor, me dê café da manhã na cama. De preferência, quero ir embora antes de amanhecer – mas um carinho, um beijinho na orelha é muito bom.”
Ana Lima, 21 anos, estudante de direito
“Quero homens que pegam em várias partes do corpo ao mesmo tempo. Os que têm essa preocupação são os melhores. Ficar com as mãos na cintura da gente a transa toda não dá, melhor nem tirar a roupa, né?” Natália, 24 anos, webdesigner
“O maior erro deles é não entender nossa linguagem corporal. Às vezes, fazemos gestos que eles não entendem e simplesmente respondem como querem. Falamos com o corpo o tempo todo, no modo de conversar, olhar e agir na cama. O tesão perde a intensidade quando eles não nos entendem.”
Cléia, 34 anos, relações públicas
“Sou do tipo que adora ouvir sacanagem e também muito romantismo, mas é difícil encontrar um que saiba misturar isso. Pecam na hora que estão superexcitados e prometem coisas que não são reais.” Giselle Leite, 21 anos, atriz
“Está faltando mais dedicação nas preliminares. Tem que cumprir todas as etapas: bastante beijos, carícias e sexo oral, que eles têm que melhorar! ”
Alana Victorino, 21 anos, estudante de medicina
“Estímulos antes da transa podem ser mais excitantes do que o ato propriamente dito. Mas ainda falta um pouco de inovação e criatividade: impulsos sexuais e tesão repentino em lugares públicos são sempre muito excitantes. Se me levassem para um cantinho reservado no meio de uma festa para um pequeno momento de safadeza, seria o ouro!”
Victoria, 18 anos, estudante de engenharia química

“Dou valor a uma rapidinha. Dependendo do lugar e momento, é gostoso demais.”
Tanise Amon, 26 anos, nutricionista e modelo
“Falta entrega total dos homens na cama. Isso acarreta todas as outras questões que nós tanto reclamamos: egoísmo, insensibilidade, imaturidade, talvez mais outras coisas. Quando digo entrega, é desprendimento, cuca fresca, estar 100% ali.”
Cristiane Salomão, 36 anos, publicitária

“As mulheres estão muito mais animadas que os homens ultimamente. A procura hoje em dia é muito mais delas do que deles. A dificuldade está na qualidade: falta disposição aos homens! O desejo começa com palavras, olhares e carícias.”
Isabella Rossin, 23 anos, atriz
“Eu percebo claramente quando eles tentam fingir na cama algo que não são – é como fingir orgasmo, nunca é natural. Tipo tímido tentando ser agressivo. Quando fazem isso, acabam ficando todos iguais, não surpreendem. Eu admiro os corajosos, que mantêm personalidade na cama.”
Hannah, 23 anos, figurinista de cinema da Faap

“Os homens poderiam sugerir novas técnicas, toques, como uma massagem corporal, e não esperar que a mulher tenha iniciativa para isso.”
Keren Silveira, 22 anos, cantora e modelo
“Elogios sussurrados num clima bem sexual sempre são bem-vindos. Às vezes me excito mais com o que o cara fala do que com o que ele faz.”
Carol Teixeira, 32 anos, compositora, filósofa e colunista da VIP

“Um grande erro é quando o homem fica mudo durante toda a transa. Tem tantas coisas que ele poderia falar: elogiar, fazer provocações, falar do que gosta. Ficar mudo nos deixa perdidas, sem sabermos se estamos agradando ou não.”
Juliana Roccato, 22 anos, nutricionista
“Tem cara que acha que, por estar superexcitado, a mulher também está.”
Regiane, 25 anos, assistente de controladoria

“O homem precisa saber satisfazer uma mulher na cama e fora dela. Tem que saber se preparar, se cuidar, se arrumar e se perfumar para ela. Precisa ser alegre, divertido, descontraído.”
Cris Marrone, 35 anos, dentista
“Uma vez um cara, bem na hora H, quando eu estava curtindo para caramba, me chamou de cachorra. Fiquei quieta, mas já dei uma broxada. Aí ele falou: ‘Não para, vai, cadela’. Nossa, broxei total. Tem que saber o que falar.” J., 22 anos, assistente de RH

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