Mãe adotiva é presa após confessar que matou a filha queimada em Campina Grande
Quatro
pessoas foram presas neste domingo (17) nas cidades de Campina Grande e
Alagoa Nova, no Agreste paraibano, acusadas da morte banal de uma
criança de 12 anos, em setembro de 2010, na Rainha da Borborema. A
mentora do crime é a mãe adotiva da menina. “A vítima foi queimada
viva”, disse o delegado regional de Polícia Civil, Marcos Paulo.
Os presos tiveram mandados de prisão preventiva decretados pela
Justiça local em decorrência de inquérito instaurado que comprovou a
participação das pessoas no homicídio.
Segundo a delegada Alba Tânia, titular de Delegacia de Repressão aos
Crimes contra a Infância e Juventude de Campina Grande, Bruna Valeska -
que era mãe adotiva da menina – confessou o crime e narrou em riqueza de
detalhes como planejou o assassinato.
A delegacia disse que Bruna mantinha uma relação homossexual com
Alzicleide Diniz e as duas eram responsáveis por duas irmãs. Ainda na
casa do casal, moravam Maria da Guia e Wedson Gomes. Conforme o
inquérito policial, as mulheres espancavam diariamente as meninas e as
mantinham em cárcere privado. “As garotas ficavam trancadas em casa e
faziam todo serviço doméstico. Porém uma das meninas não estava mais
agüentando o tratamento e começou a ficar rebelde”, disse a delegada.
Devido à rebeldia da garota, Bruna Valeska disse durante depoimento
que a solução era matar a menor. “Ela mandou o homem comprar o álcool e
depois jogou na menina e ateou fogo. Para a menor não fugir, Bruna a
trancou no banheiro onde morreu carbonizada”, comentou a delegada
informando que antes da vítima vir a óbito ela foi espancada.
Depois de 24h do ocorrido, o corpo foi colocado em uma caixa de
papelão e abandonado na linha férrea do bairro São José, em Campina
Grande. “Quando eles deixaram o corpo na linha do trem, os assassinos
atearam fogo novamente no cadáver para apagar as impressões digitais”,
adiantou a delegada.
Alba Tânia disse que todo o crime foi presenciado pela irmã da vítima
que foi pressionada a não comentar o assassinato. “A sobrevivente viu a
sua irmã sendo morta pelas mulheres. Como ela ficou com medo de morrer e
sofrendo ameaças ficou calada durante anos. Porém, a garota conseguiu
fugir de casa, procurou um orfanato e pediu ajuda”.
A direção do orfanato comunicou o caso à Polícia Civil que abriu
investigações. “Colhemos material genético da vítima e confrontamos com a
da mãe biológica. Ficou comprovado que a garota encontrada morta era a
menina que estava sob a guarda de Bruna Valeska”, comentou a policial.
Focando a Noticia
Hyldo Pereira, Portalcorreio
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