Brasil testará exame definitivo para hanseníase
Um teste rápido para diagnóstico de hanseníase,
apontado como promissor na redução de casos da doença, deve começar a
ser usado no Brasilainda neste ano. Desenvolvido em parceria pelo
Instituto de Pesquisas Infecciosas (Idri), dos Estados Unidos, e a
empresa brasileira OrangeLife, o exame é feito em menos de 10 minutos,
com apenas uma gota de sangue do paciente.
Os grandes avanços no tratamento de doenças geralmente são constatados em duas ocasiões: uma inovação tecnológica ou uma mudança de estratégia. Esse teste associa as duas situações, avalia o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. Hoje, não há um exame definitivo para identificar a hanseníase, o que dificulta o diagnóstico precoce.
O País é um dos líderes em número de casos. Em 2011, foram registrados 33.955 pacientes. Desse total, 2.420 tinham menos de 15 anos — um indicador de que a transmissão continua ativa.
Apesar do alto número de casos, diz Barbosa, a doença está concentrada em algumas regiões.
— Boa parte dos médicos não tem familiaridade com a doença.
Isso faz com que muitos, para evitar erro na prescrição, indiquem o tratamento só quando o quadro está bem definido. Além de agravar a situação do paciente, tal comportamento permite contaminação.
— A hanseníase é transmitida por contato prolongado com um doente. O diagnóstico precoce é um dos caminhos essenciais para reduzir o número de casos.
Inicialmente, o teste deverá ser feito em dois Estados, a serem definidos. No páreo estão Ceará, Pernambuco e Mato Grosso. Na próxima semana, uma reunião entre representantes do governo e da OrangeLife dever ser feita para acertar os detalhes.
Barbosa diz que, na primeira etapa, o teste será acompanhado por representantes de centros de referência.
— Vamos avaliar como o teste se comporta no mundo real. Que tipo de treinamento profissionais terão de fazer para aplicar o teste, identificar eventuais dificuldades.
Além de melhorar o diagnóstico precoce, o teste dará maior agilidade para a busca por pessoas que tiveram contato com infectados. Quanto mais rápida a identificação, maiores as chances de reduzir de forma significativa o número de casos.
Preço baixo
O presidente da OrangeLife, Marco Collovati, afirma que a unidade do teste não deverá custar mais de R$ 2,00 (US$ 1). Ainda não foi acertado quantas unidades poderiam ser usadas nessa primeira etapa.
— Ele é muito fácil de ser usado. Além de informação ágil, ele pode dar maior independência para equipes de saúde.
O produto foi desenvolvido em 2012 nos Estados Unidos. Em dezembro, recebeu o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além do kit de diagnóstico, a empresa desenvolveu um aplicativo para ser usado em smartphones. O dispositivo, de acordo com Collovati, pode melhorar a interpretação do teste e facilitar o registro das informações em bancos de dados.
Doença infecciosa, a hanseníase atinge pele e nervos dos braços, mãos, pernas, pés e cabeça. O tempo entre contaminação e primeiros sintomas varia de dois a cinco anos. Os sinais de alerta são manchas brancas, avermelhadas ou amarronzadas, com sensação de formigamento e redução da sensibilidade ao calor, frio e toque. O tratamento, gratuito, dura de seis meses a um ano. Todos os pacientes submetidos à terapia podem ser curados.
Focando a Noticia
R7
Os grandes avanços no tratamento de doenças geralmente são constatados em duas ocasiões: uma inovação tecnológica ou uma mudança de estratégia. Esse teste associa as duas situações, avalia o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. Hoje, não há um exame definitivo para identificar a hanseníase, o que dificulta o diagnóstico precoce.
O País é um dos líderes em número de casos. Em 2011, foram registrados 33.955 pacientes. Desse total, 2.420 tinham menos de 15 anos — um indicador de que a transmissão continua ativa.
Apesar do alto número de casos, diz Barbosa, a doença está concentrada em algumas regiões.
— Boa parte dos médicos não tem familiaridade com a doença.
Isso faz com que muitos, para evitar erro na prescrição, indiquem o tratamento só quando o quadro está bem definido. Além de agravar a situação do paciente, tal comportamento permite contaminação.
— A hanseníase é transmitida por contato prolongado com um doente. O diagnóstico precoce é um dos caminhos essenciais para reduzir o número de casos.
Inicialmente, o teste deverá ser feito em dois Estados, a serem definidos. No páreo estão Ceará, Pernambuco e Mato Grosso. Na próxima semana, uma reunião entre representantes do governo e da OrangeLife dever ser feita para acertar os detalhes.
Barbosa diz que, na primeira etapa, o teste será acompanhado por representantes de centros de referência.
— Vamos avaliar como o teste se comporta no mundo real. Que tipo de treinamento profissionais terão de fazer para aplicar o teste, identificar eventuais dificuldades.
Além de melhorar o diagnóstico precoce, o teste dará maior agilidade para a busca por pessoas que tiveram contato com infectados. Quanto mais rápida a identificação, maiores as chances de reduzir de forma significativa o número de casos.
Preço baixo
O presidente da OrangeLife, Marco Collovati, afirma que a unidade do teste não deverá custar mais de R$ 2,00 (US$ 1). Ainda não foi acertado quantas unidades poderiam ser usadas nessa primeira etapa.
— Ele é muito fácil de ser usado. Além de informação ágil, ele pode dar maior independência para equipes de saúde.
O produto foi desenvolvido em 2012 nos Estados Unidos. Em dezembro, recebeu o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além do kit de diagnóstico, a empresa desenvolveu um aplicativo para ser usado em smartphones. O dispositivo, de acordo com Collovati, pode melhorar a interpretação do teste e facilitar o registro das informações em bancos de dados.
Doença infecciosa, a hanseníase atinge pele e nervos dos braços, mãos, pernas, pés e cabeça. O tempo entre contaminação e primeiros sintomas varia de dois a cinco anos. Os sinais de alerta são manchas brancas, avermelhadas ou amarronzadas, com sensação de formigamento e redução da sensibilidade ao calor, frio e toque. O tratamento, gratuito, dura de seis meses a um ano. Todos os pacientes submetidos à terapia podem ser curados.
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